Sempre me pergunto em como me tornar um "Homem de Bem". Tomando o sentido total da expressão. Lembro das situações e como reagi em várias delas e vejo que estou realmente muito longe de afirmar que sou um Homem de Bem. Não só pelas atitudes, mas pelos pensamentos; já que somos o que pensamos, além do mais, não sei se realmente me conheço como Sócrates instruiu.
Numa leitura básica do Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo XVII - Sede Perfeitos - item 3, há uma "cartilha" de como nos tornarmos homens e mulheres de bem e vejo que é difícil encontrar uma pessoa que "estuda as suas próprias imperfeições e trabalha, sem cessar, em combatê-las"¹, vejo com freqüência - em mim mesmo - motivos para ver as imperfeições dos outros e desejar que eles que tolerem nossas falhas. Daí a dificuldade: num ato que parece ser simples, nos reconhecer e querer nos melhorar.
São nessas pequenas passagens que vemos os grandes males da humanidade, a falta da humildade faz com que nós não vejamos nossos próprios defeitos. E quando vejo uma pessoa que diz que "não tem ódio, nem rancor, nem desejo de vingança"¹ e no momento seguinte demonstra de maneira sutil seu desejo íntimo do mal, sinto ali que há um espelho; que em tal situação eu poderia agir da mesma forma ou até pior.
Vejo que a melhor maneira de me melhorar um pouco é fechar os olhos para os outros; digo, para os defeitos dos outros. Se conseguir fazer isso ficarei muito feliz; já que a indulgência é caridade e "Fora da Caridade Não Há Salvação"¹.
Daniel Japiassú
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Referências:
¹ O Evangelho Segundo o Espiritismo
Daniel adorei seu texto, esse tema sempre me faz refletir muito. E ultimamente vai não vai tenho contato com esse tema. Aparentemente parece ser uma coisa tão simplória, mas na verdade é tão importante e difícil nos dias de hoje. A gente ter essa vigilia de nossos atos, tentar sempre nos melhorar, nos olharmos interiormente, é difícil mas não impossivel,vale a pena tentar né?!!
ResponderExcluirMuito bom seu texto, amigo.
ResponderExcluirAuto-instintivo.
Muitas vezes, com este mesmo discurso, cometemos o engano de renegar os nossos instintos. Não que seja o caso do seu texto, mas vale a pena uma palavrinha sobre isso.
Querida Cinthia, olhar para si é mais difícil e mais fácil do que se pensa. Depende de quem e de que ângulo. Primeiro que, reconhecer uma pequena parte das próprias emoções: seja amor, ódio... é muito angustiante e ao mesmo tempo prazerozo demais. Segundo, é aceitar estas emoções, que, entre elas estão os instintos.
Instintos que vêm de milênios e que tivemos que renegar para viver em sociedade.
Aceitar é o mais difícil, e, amigo Daniel, não é necessário fechar os olhos para não perceber os defeitos dos outros: agora você estaria diante dos seus próprios e no desafio de aceitá-los como parte de você e perdoá-los. Sendo parte de você, jamais perceberá em outras pessoas.
caba.
"Somos o que pensamos"... :/
ResponderExcluirLendo esse texto, me lembrei do evangelho no lar do último domingo, os temas que foram lidos: Caridade e Amar os Inimigos.
O homem de bem, deve, necessariamente, pensar no bem. E como é difícil!! Aff!!
Por quanta vezes me pego desejando algo pra mim, sendo que a causa foi um mal pra outra pessoa. Pior. Há vezes de imaginar alguém fazendo algo errado, pra que eu me sobressaia como "o homem de bem", "o injustiçado", ou "o que agiu da forma correta".
Ser "o homem de bem" remete em pensar no bem. Querer o bem é sinônimo de amar. E ao meu ver, o amor na prática é a caridade. E já é caridade pensar no bem.
Entidades se aproximam da gente por afinidade, principalmente de pensamentos.
O pensamento, de certa forma, gera a psicosfera (n sei se é o termo apropriado) a nossa volta.
Pensar no bem é sintonizar-se aos bons espíritos.
E como "fora da caridade não há salvação"...
Espero que não demore milênios essa mudança, não é Daniel =))